sexta-feira, 13 de julho de 2012

CURA: RESPONSABILIDADE DIVINA. SAÚDE: RESPONSABILIDADE HUMANA.


Por muitos anos cristãos subjugados pelo legalismo dogmático da Igreja e ministros ignorantes quanto à preocupação de Deus com a saúde de seu povo, foram vítimas de doenças psicossomáticas (enfermidades emocionais que afetam o corpo) e hipocinéticas (enfermidades físicas ou emocionais por falta de atividade física). Isto devido ao fato da demonização generalizada por parte dos cristãos, atribuindo ao esporte e outras práticas saudáveis de atividade física, um caráter “mundano” quando não “diabólico”. O resultado disso: cristãos, sacerdotes e pregadores morrendo precocemente sob a justificativa da “vontade” soberana de Deus. Não, Deus não deseja, absolutamente, que morramos com boa expectativa cronológica de vida, ao contrário, Ele deseja que cada ser humano na Terra viva abundantemente e com saúde. Jesus disse: “...eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” (João 10:10), e inspirado pelo Espírito de Deus, João expressou em seu desejo, o desejo de Deus: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.” (III João 2). Você não acredita que a vida abundante de que Deus falou diz respeito somente à vida espiritual (zoe) não é? O Criador atribui grande valor à vida biológica (bios), e espera que nós cuidemos como bons mordomos, do templo do Espírito Santo, que é o corpo, que, aliás, não pertence a nós. “Ou não sabeis que nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (I Coríntios 6:19-20). Não se glorifica a Deus com um corpo doente por negligência. Como expressa o tema dessa postagem, Deus é responsável pela cura, não por nossa saúde, disso Ele nos incumbiu.  
Este zelo pelo corpo se dá de pelo menos três formas: (1) Santificação; (2) Alimentação correta; e (3) Atividade física. Através da santificação zelamos pela pureza de nosso corpo, para que o Deus Puro possa nos habitar de fato, assim, Deus deseja que nosso corpo se abstenha de qualquer tipo de mácula espiritual (I Coríntios 6:15-18). Além disso, Deus estabeleceu no Antigo Testamento, regulamentos quanto a alimentação de seu povo (Êxodo 12:15; Levítico 7:26), o que os mesmos confundiram com meras leis cerimoniais. Deus não proíbe alimentos de maneira legalista (Colossense 2:16), Ele somente espera que nos alimentemos de forma prudente para suprir nosso corpo sem danificá-lo.
O apóstolo Paulo como bom judeu, porém, criado sob a influência da cultura grega de Tarso e com sua cidadania romana por parte de pai, embora teologicamente educado pelo rabino Gamaliel (Atos 22:3), certamente esteve exposto ao ambiente desportivo vigente em sua época desde sua infância (alguns historiadores afirmam que Saulo praticou corrida e luta greco-romana). E mesmo depois de sua dramática conversão, Paulo ainda revelava em seus escritos seu apreço pelos esportes, utilizando-os como ilustrações da vida cristã. Acerca da dedicação à carreira cristã e ao ministério no Reino de Deus Paulo ilustra a medalha de ouro de um MARATONISTA: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.” (I Coríntios 9:24). Paulo também ilustra o treinamento e a abstinência de um LUTADOR: “E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa...” (I Coríntios 9:25).
Vamos analisar um texto paulino erroneamente utilizado pelos religiosos opositores da prática esportiva:

Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa...” (I Timóteo 4:8a)

Não podemos relativizar ou tornar legalista o real conceito de piedade, pois a verdadeira natureza da piedade está intrínseca em um espírito recriado e uma mente regenerada. É possível ser piedoso em qualquer âmbito da vivência humana, mesmo no esporte, isto, condicionado à moral de Deus (o conceito de moralidade divina é absoluto, e está, aí sim, expresso nos princípios legais do decálogo, os dez mandamentos Êxodo 20:1-17). Além disso, Paulo, embora não endosse, ele não diz que o exercício físico não tem “nenhum proveito”, mas que “para pouco aproveita”, e este “pouco” proveito inclui certamente a saúde do corpo, que é a vontade de Deus para todos nós.
Como responsáveis por nossa saúde devemos nos abster sim, de qualquer tipo de sedentarismo ou glutonaria. Tão danoso quanto ver um homem maculado por uma vida imoral, é ver um homem gordo, não por questões genéticas ou emocionais, mas por alimentação imprópria e falta de atividade física. Isto sim é pecado.
A voz da cura clama a todo homem: Zelem pelo templo de Deus, seus corpos, e quando mesmo assim, enfermidades os atacarem, certamente eu os curarei. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

A REDENÇÃO QUE JÓ NÃO CONHECEU



Poucas indagações são tão persistentes na história humana quanto esta: Porque coisas ruins sucedem a pessoas boas? Ou porque “injustiças” sucedem aos “justos”? Evidentemente não quero divagar pormenorizadamente aqui sobre o verdadeiro conceito de justiça, embora, precisemos entender no caráter absoluto da justiça divina, houve dois momentos dispensacionais para o homem: a justiça proveniente da Lei, que durou de Moisés até Jesus Cristo, e a justiça proveniente da fé, que se iniciou com a obra redentora de Jesus Cristo até os nossos dias.
Jó foi um desses justos segundo os padrões morais da lei, que sofreu terríveis aflições em sua vida. Consideremos, porém, suas aflições físicas:

Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.
Jó 2:7-8

         Este texto começa a narrar a pavorosa enfermidade de Jó, que a essa altura já estava absolutamente absorto diante de sua calamidade, tendo perdido todos os seus bens e riquezas materiais e num trágico acidente “natural” perdido seus dez filhos já criados. Agora, com a alma anestesiada por seus sofrimentos emocionais, Jó começa a padecer uma doença literalmente infernal que é descrita em muitos textos ao longo do livro. Este era o estado de saúde e os sintomas de Jó: Coceira em todo o corpo (Jó 2:7); dificuldades para comer (Jó 3:24); buracos abertos e vermes no corpo (Jó 7:5); dificuldades para respirar (Jó 9:18); escurecimento da visão (Jó 16:16); mau hálito (Jó 19:17); perda de peso (Jó 19:20); constante febre alta (Jó 30:30).

         Deixe-me começar minha exposição do EVANGELHO DO REINO com uma afirmação escriturística, profética e enfática: Ataques do inimigo à nossa saúde somente têm legalidade quando estamos sob a justiça da Lei. Jó era de Deus. Mas era Deus sob a Lei de Deus, e sua justiça pessoal advinha dessa Lei, assim, mesmo sendo “justo”, além de estar sob a Lei, seus cuidados estavam mais sobre a passibilidade da crise do que sobre Deus como veremos logo adiante. Ser de Deus está mais ligado a ser comprado e selado por Deus do que simplesmente conhece-lo (I Coríntios 6:20; Efésios 1:13), e embora Jó, em sua fidelidade amasse e conhecesse  Deus, ele não era comprado e nem selado. Portando, no aspecto legal, Jó ainda não “era” de Deus, pois, para SER DE DEUS, é preciso nascer de Deus. “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I João 5:18). A justiça de Jó era a justiça dele, e não a justiça da fé em Cristo Jesus, nosso Redentor (Ezequiel 14:14).
         O fato é que não podemos justificar em Deus nossas aflições físicas e doenças apelando para a vida de Jó, pois Jó, embora tivesse feito menção profética da REDENÇÃO (Jó 19:25), Jó não conheceu a REDENÇÃO.
         A lição ou princípio espiritual que aprendemos em Jó, não é o conformismo, e sim a paciência e perseverança (Tiago 5:11). É também interessante ressaltar que a sequência desse texto supracitado (Tiago 5:11), Tiago declara no versículo 15: “e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessais as vossa culpas uns aos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (vv. 15-16). Além disso, nos tempos de Jó não havia no conceito do Reino os presbíteros da Igreja e nem a unção com óleo como ato profético para a cura (v. 14).

         Ok, vamos para o que interessa. Absolutamente, Jó não conheceu a nossa REDENÇÃO. Mas, em que aspectos de sua narrativa e de suas palavras isto fica claro? Vejamos três pontos importantes, três dádivas da Redenção em Cristo que Jó não conheceu.

1-    JÓ NÃO CONHECEU A PAZ QUE EXCEDE A TODO ENTENDIMENTO.
Logo no início da narrativa do livro de Jó, somos esclarecidos quanto ao seu temperamento ansioso e confiança abalável. Jó mesmo revela suas aflições prévias:

Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água. Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu. Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.” (Jó 3:24-26).

Vê-se que Jó não orava a Deus pelo pão de hoje (Mateus 6:11), mas sofria e suspirava pelo pão de amanhã, além disso, como se vê, vivia sem paz pela iminente possibilidade da doença, da pobreza e da morte. Em Cristo temos sua própria exortação e princípio: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mateus 6:31-34).
Paulo exorta aos crentes da Igreja em Filipos: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplica, com ação de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7). Jó não tinha essa paz e tão pouco tinha a Cristo para guardar seu coração e sentimentos.
A Redenção, dentre outras dádivas, nos traz os benefícios dos nomes redentores de Jeová (O Senhor), e um de seus nomes é JEOVÁ SHALOM, O Senhor é a nossa Paz (Juízes 6:20-24). Jesus é a nossa paz (Efésios 2:14). Ele nos deu a sua paz (João 14:27). A obra expiatória e redentora de Cristo nos trouxe paz total. “...o castigo que nos traz a paz estava sobre ele...” (Isaías 53:5b).
Psicólogos não tomam sobre si nossa ansiedade, ao contrário, se utilizam de uma técnica de contratransferência para devolver toda a carga emocional para o paciente no divã, mas com o Doutor Jesus Cristo é diferente. O “ex-ansioso” apóstolo Pedro escreveu: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (I Pedro 5:7).
A ansiedade de Jó deu legalidade para que Deus permitisse o ataque do Adversário. Jó não tinha a paz, e a ausência de paz foi um fator magnético para a doença e o caos. A medicina comprova que a maioria da incidência do câncer e de outras terríveis enfermidades, é de ordem psicossomática, ou seja, doenças emocionais que refletem no corpo. Mas a todos quantos estão em Cristo Jesus, não haverá tumultos em suas emoções. Há PAZ e SAÚDE. “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.” (III João 2).

2-    JÓ NÃO CONHECEU O PRIVILÉGIO DE UM MEDIADOR JUNTO AO TRONO DE DEUS.
Em meio a toda sua agrura e aflição, Jó não vislumbrava uma esperança real e concreta, pois em sua insensibilidade à presença de Deus (Jó 9:11), Jó sentia a Deus como inalcançável e Seu Trono como inacessível. Por isso, tudo o que Jó desejava era alguém que pode intermediar suas queixas diante Deus, um mediador que falasse com Deus ao seu respeito. Jó clamou:

Ah! Se alguém pudesse contender com Deus pelo homem, como o filho do homem pelo seu amigo!” (Jó 16:21).

Nos dia de Jó já havia um conceito rudimentar de sacerdócio. As religiões pagãs já possuíam homens que mediavam o relacionamento entre homens e “deuses”. Jó mesmo exercia este papel sacerdotal de mediação entre seus filhos e Deus através de sacrifícios por seus pecados (Jó 1:5). Mas Jó sabia que o lugar à direita do Trono de Deus estava vago em seus dias, por isso ele desejou que alguém mediasse este relacionamento, e chega a dizer “instintivamente”, um filho do homem, ou seja, Jó não esperava que uma outra figura com atributos divinos fosse esse mediador. Jó desejava que alguém no seu nível de existência o fizesse, mas não exatamente um sacerdote da Terra, com seus pecados e tendências. Ou seja, o que Jó desejava era impossível, um sumo-sacerdote homem, com literal acesso ao Trono de Deus. Isso não era possível nos tempos de Jó. Jó não teve acesso a esta realidade utópica, mas nós temos. Aleluia! “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.” (I Timóteo 2:5-6). Sim, é isto mesmo! Jó não tinha este Mediador, mas nós temos. Jó não possuía uma confissão de fé para se apossar da restauração de sua vida e de sua saúde. Nós temos uma confissão para segurar com firmeza e rejeitar qualquer argumento maligno. “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” (Hebreus 4:14-16).
Jó não tinha Mediador, nós temos. Se você quer ter acesso a este Mediador, se você quer desfrutar das provisões do Trono do único e Verdadeiro Deus, só há uma maneira: Entregue sua vida a Jesus Cristo (João 14:6; Atos 4:12).

3-    JÓ NÃO TEVE FIADOR PARA SUA DÍVIDA E SUA CRISE.
No auge de sua dor e sofrimento Jó começa a desejar coisas estranhas, dentre elas, ele queria que alguém assumisse todas as suas dívidas para com Deus e todas as suas aflições. Em suma, Jó queria um “fiador”. Jó conjurou a Deus dizendo:

 “Promete-me agora, e dá-me um fiador para contigo; quem há que me dê a mão?” (Jó 17:3).

Imagine você, se alguém pudesse pagar o preço e as consequências de todos os pecados da humanidade, no presente, no passado e no futuro. Imagine se alguém assumisse toda sua condição de miséria, doença e derrota para que você não precisasse mais carregar tais fardos. Imagine se alguém se colocasse como seu substituto legal diante de Deus. Oh! Glória a Deus! Foi exatamente isso que fez Jesus. Ele assumiu a nossa dívida; ele assumiu a sentença do nosso Pecado; ele se fez nosso Substituto Legal diante de Deus Pai e do Seu Trono.
Jesus Cristo cancelou o antigo contrato que nos tinha como devedores (Colossenses 2:14), e estabeleceu o novo Contrato, no qual Ele mesmo se fez Fiador. “de tanto melhor concerto Jesus foi feito fiador.” (Hebreus 7:22). Fazendo-se maldição por nós, Ele nos resgatou da maldição da lei, ou seja, de todas as consequências nefastas da Queda e do Pecado (Gálatas 3:13). Quando estamos sob a Aliança com Deus, desfrutamos de proteção divina à nossa saúde. “E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara.” (Êxodo 15:26). Na cruz, Jesus se fez Pecado por nós, para que Nele, fossemos feitos Justiça de Deus (II Coríntios 5:21). Ele se fez pobre, assumindo nosso estado de miséria, para nós enriquecêssemos (II Coríntios 8:9). Ele recebeu em próprio corpo todas as nossas enfermidades e doenças, para que nós, sarados, desfrutássemos de sua saúde (Isaías 53:4-5; I Pedro 2:24), aliás, nós somos o corpo de Cristo, e Cristo em vida na Terra, jamais ficou enfermo senão na cruz, assim, como corpo de Cristo, podemos gozar da saúde do corpo perfeito de Cristo. Ninguém pôde substituir Jó, ou passar por aquilo que teve de passar, mas nós, tivemos um Substituto Legal, Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Redentor e Senhor.

Conclusão

         A você que se encontra cativo por uma doença, enfermidade, ou dor crônica, ou que tenha um amigo (a) ou ente querido que esteja assim, seja “cristão” ou não, esta é a Palavra de Deus para você. Muitos têm morrido prematuramente com enfermidades horríveis, por não conheceram as ricas dádivas da Obra Redentora do Calvário. Quando essas verdades redentoras entrarem, não somente em seu intelecto, mas em seu espírito, em seu coração, não somente você receberá a dádiva mais importante que é a salvação de sua alma eterna, mas também gozará de saúde para o seu corpo e abundância para a sua vida. O que você deve fazer? É muito simples. É assim que a Bíblia nos ensina a tomar posse da REDENÇÃO e de suas bençãos:

1-    Arrependa-se agora mesmo de seus pecados e entre no Reino de Deus.
2-    Creia que Jesus Cristo pagou o preço de seu pecado e misérias.
3-    Confesse a Deus agora mesmo que você crê Nele.
4-    Declare Jesus Cristo como seu Rei e Salvador pessoal.
5-    Procure um pastor e uma Igreja séria que possam lhe ensinar os detalhes da fé.


Enéas Ribeiro

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A CURA NA REDENÇÃO




         Por ocasião da Queda do primeiro homem, Adão, no Jardim do Éden, toda a criação ficou sujeita às consequência devastadoras dessa terrível desconexão do homem com o Deus Criador.
         É importante que se diga que esta primeira “espécie” de homem, ou este primeiro Adão, foi criado por Deus para jamais conhecer a morte. Adão era dotado de plenitude em sua condição física e biológica, suas células jamais se degeneravam ou morriam, assim, seu processo vital estava em constante estado de homeostase, ou seja, imutáveis e inabaláveis, além disso, as condições ambientais da Terra Original propiciavam a manutenção desse estado de perfeita saúde; os alimentos produzidos pelo solo sem químicas e agrotóxicos, a atmosfera pura e livre de poluições nocivas ao organismo, em fim, era o estado de plena abundância de saúde e força física para Adão e Eva.
         Como sabemos, esse estado era condicionado ao limite da obediência; o fruto daquela árvore do Conhecimento do bem e do mal não possuía nenhum tipo de “composição maligna” ou “veneno moral”, era apenas a representação do limite imposto por Deus para garantir o perfeito relacionamento de amor liberal entre Criador e criatura. Certamente, quando Adão e Eva provaram do fruto proibido, não só seus olhos se abriram (Gênesis 3:7), mas suas defesas imunológicas, também. Seu sistema imunológico começou o processo de declínio, e suas células começaram a se degenerar, assim, Adão e toda a raça humana que dele descendeu, ficaram sujeitos a todo tipo doenças e enfermidades.
         Eis o poder da REDENÇÃO, ela é completa. A obra expiatória de Cristo no Calvário é uma obra substitutiva e plena. Jesus Cristo, o último Adão, assumiu toda a dívida da transgressão do primeiro Adão (I Coríntios 15:45; Colossenses 2:12-14; Gálatas 3:13). O gênero humano foi resgatado do domínio do mal, e agora, tem a sua disposição a VIDA ABUNDANTE (João 10:10), abundância esta, que diz respeito a espírito, alma e corpo. A doença e enfermidade como consequência do Pecado Original, foram erradicados da natureza humana, e isto somente pode ser realidade na vida de cada ser humano na Terra, pela fé em Jesus Cristo e em sua obra redentora.
         Nossa Salvação possui abrangência cosmológica e antropológica, e no que tange ao homem, possui abrangência na composição total do homem: natureza imaterial (alma e espírito) e natureza material (corpo).
         O salmista glorificou a Deus pela lembrança de todos os seus benefícios, e exortou sua alma dizendo: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades.” (Salmo 103:2-3). Os ensinos bíblicos incompletos sobre a natureza plena da salvação em Cristo Jesus fizeram com que nos esquecêssemos de alguns benefícios de Deus, inclusive a CURA. Nas Escrituras e no plano redentor, o PERDÃO e a CURA de Deus andam juntos. Senão vejamos, Jesus provou seu poder para perdoar através da cura, declarando que para Ele não há níveis de dificuldade diferenciados entre perdoar e curar (Mateus 9:5-7).
         A cura está inserida na expiação. O texto profético áureo da obra expiatória no Antigo Testamento declara: “Verdadeiramente, eletomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.” (Isaías 53:4-5). Esta profecia messiânica revela a natureza soteriológica da CURA DIVINA, ou seja, ela é uma dádiva da CRUZ. O apóstolo Pedro fazendo menção deste texto declara: “levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:24).
         Você pode estar se perguntando então: Já que a cura está incluída na obra expiatória, e Cristo já carregou em seu corpo as doenças, então por que alguns cristãos morrem jovens com enfermidades terríveis? A resposta é: Pelo mesmo motivo de alguns cristãos viverem no pecado mesmo depois de Cristo já haver levado os pecados em seu corpo. Ambos não trocaram de Lei, continuam vivendo sob a Lei do Pecado e da Morte, ou seja, do Pecado e de suas consequências. Àqueles que vivem na prática do pecado, o fazem porque vivem deliberadamente sob a lei do pecado, e àqueles que vivem à mercê da enfermidade, o fazem porque vivem ignorantemente sob a lei da morte. O Espírito de Deus nos revela através da instrumentalidade de Paulo, o caminho da plena redenção: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.”. (Romanos 8:1-2). Andar segundo a carne é viver a vida decadente contraída pela primeira espécie adâmica, Adão; e andar segundo o espírito (note que é o espírito do homem) é viver a vida abundante restaurada pela última espécie adâmica, Jesus Cristo.
         A soteriologia desenvolveu uma teologia conformista para justificar a ausência de revelação e poder da Igreja ao longo dos séculos, assim, multidões de cristãos fiéis, foram se encontrar com Jesus na glória celeste antes da plenitude de seu tempo na terra. Porém, agora, neste tempo derradeiro da Igreja, o Evangelho do Reino está sendo retomado (Mateus 24:14), e todas as coisas serão restauradas antes da Vinda de Jesus Cristo (Atos 3:19-21). A revelação da CURA NA REDENÇÃO está sendo restaurada, não na intelectualidade dos pregadores, mas no espírito do corpo de Cristo. Antes do fim, não haverá um enfermo sequer. Ao Rei Jesus seja a glória.

Enéas Ribeiro

sábado, 29 de outubro de 2011



Introdução
            Indubitavelmente, a operação da cura divina e seus dons tiveram lugar destaque não somente dentro da narrativa bíblica do ministério de Jesus e do livro Atos dos Apóstolos, mas também exerceu significativa influência na difusão do pentecostalismo. As curas constituíram uma poderosa ferramenta de evangelização das massas, e assim é até os dias de hoje. Nessa lição vamos estudar as implicações bíblico-doutrinárias da cura divina, além de fazer menção histórica dos pioneiros da mensagem de cura, pré e pós-pentecostalismo; por fim, estudaremos a relação da cura divina com a obra do calvário e com a liderança eclesiástica.

A-     CURA DIVINA À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA
A Bíblia é enfática em expressar que Deus tem um “caráter curador”, quando ele mesmo afirmou: “...eu sou o Senhor, que te sara.” (Êx 15:26), fazendo assim, a primeira Aliança de cura com seu povo. A primeira alusão bíblica à cura divina se dá no ministério de Abraão (Gn 20:17), quando o pai da fé ora em favor do rei Abimeleque e cura sua esterilidade e de toda sua casa. Podemos fazer também menção da cura do rei Ezequias pelo ministério do profeta Isaías (Is 38:1-22), além dos abundantes relatos dos ministérios dos profetas Elias e Eliseu (I Rs 17:21-24; II Rs 4:33-37; 5:10-14), dentre outros. Em o Novo testamento encontramos ainda mais ricos relatos da operação divina em dar saúde ao homem, à começar é claro pelo inigualável ministério de Jesus (At 10:38; Mt 8:16; 11:3-6; Mc 3:10), aliás, o ministério de Jesus era essencialmente tríplice: pregar, ensinar e curar (Mt 4:23; 9:35; Mc 1:39; Lc 4:44). Este mesmo poder foi outorgado aos primeiros discípulos (Mc 3: 15; 6:12-13; Lc 10:9), e posteriormente, após o advento do pentecostes (At 2:1-13), ocorreu a primeira cura da era apostólica (At 3:1-16), e desde então, o ministério de homens como o apóstolo Simão Pedro (At 3:6-8; 4:29; 5:15-16; 9:34), diácono evangelista Filipe (At 8:6-8) e o apóstolo missionário Paulo de Tarso (At 14:9-10; 19:11-12; 28:8-9), que enumerou a cura como um dos nove dons mencionados (I Co 12:9), foram marcados por essa operação graciosa do Espírito Santo.

B-     PRECURSORES DO MOVIMENTO DE CURA
Entre o final do século XIX e meados do século XX este precioso dom caracterizou o conceito geral de pentecostalismo; nesse momento histórico surgiram dois grupos importantes: os pregadores da fé (precursores da teologia da prosperidade) e a voz da cura (revista e convenção de ministros “curadores”). Evidentemente, alguns dos grandes avivalistas da cura divina incorreram em graves problemas doutrinários, mas nem por isso não merecem ser citados, como John Alexander Dowie e William Branhan, outros, da mesma sorte não foram felizes em sua conduta moral como Jack Coe e o poderoso ministro de cura A. A. Allen. Dentre as mulheres, destacaram-se primeiramente Maria Woodworth-Etter, influenciando os ministérios de Aimee Semple McPherson (fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular) e Kathryn kuhlman, que foi provavelmente a mais destacada evangelista de cura de todos os tempos. Não podemos omitir o nome do missionário pentecostal para a África, John G. Lake e do “apóstolo da fé” Smith Wigglesworth, porém, poucos homens notabilizaram tanto a cura divina como o tele-evangelista Oral Roberts (pioneiro do tele-evangelismo). Algo unânime entre todos esses pregadores e na doutrina pentecostal, é a doutrina da cura incluída na obra expiatória.
   
C-     A CURA COMO EFEITO DA EXPIAÇÃO
A Expiação é o cerne da religiosidade judaica e tornou-se o cerne da doutrina cristã. O principal evento anual dos hebreus era o Yom Kippur ou “Dia da Expiação”, quando o sumo sacerdote oferecia sacrifício pelos pecados de todo o povo, tornando Deus “propício” à Israel, aliás, propiciar é um dos termos para expiar, além de cobrir, pacificar, reconciliar. O Yom Kippur era uma figura da Expiação definitiva efetuada por Cristo na cruz como nosso Sumo Sacerdote. O texto fundamental da doutrina da cura na expiação é Isaías 53:4-12, porém esse conceito “salvação/cura” é apresentado por outras Escrituras como: Sl 103:3; Mt 9:5-8; Lc 4:18-19; I Pe 2:24. A suma da doutrina é que todas as implicações da Queda do primeiro Adão, à saber a maldição da lei foi transferida para a “conta” de Jesus Cristo através de sua obra substitutiva (Gl 3:13); e expiação é também “substituição”. Assim, entende-se que as enfermidade como efeito direto da Queda, foram levadas sobre Cordeiro de Deus, Jesus, que é substância da sombra dos bodes emissário e expiatório oferecidos. (Lv 16:1-10); “para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossa enfermidades e levou as nossas doenças.” (Mt 8:17), entende-se que Jesus começou a cumprir, mesmo antes da obra expiatória, pois ele é o Cordeiro que foi profeticamente morto desde a fundação mundo (Ap 13:8).

D-     POSSÍVEIS IMPEDIMENTOS À CURA DIVINA
A despeito da veracidade dessa doutrina pentecostal, e sabendo que é a vontade de Deus curar a todos os que padecem enfermidades (Mt 8:16; 14:35-36; 19:2; Mc 6:56), pois ele não faz acepção de pessoas (Mc 1:41), com tudo isso, não podemos omitir um fator crucial na dádiva da cura divina: a soberania divina, por isso, não devemos tentar dar explicações filosóficas para os “não curados”. Ainda assim, sabendo evitar alguns impedimentos à cura divina podemos evitá-los; são alguns deles: (1) incredulidade (Mc 6:5); (2) ignorância e irreverência com o sagrado (I Co 11:29-30); (3) negligência no ensino sobre a dádiva em função da tradição teológica (Mt 15:6); (4) frustrações do passado que debilitam a fé presente (Mc 5:26; Jo 5:5-7); (5) pecado não confessado (Tg 5:16); (6) uma ação demoníaca (Mc 9:29); (7) fundamentação da crença na observação dos sintomas visíveis (II Co 5:7; Hb 11:1).

E-      A RELAÇÃO DA CURA COM O EPISCOPADO
Evidentemente que a operação curadora do Espírito de Deus em favor ou através de alguém, independe de sua posição ou grau eclesiástico, haja visto que o evangelista Filipe e o pregador Estevão, ministravam os dons, porém, não exerciam o episcopado na Igreja Primitiva, e sim o diaconato (At 6:5); Mas há um parâmetro bíblico para a ministração da cura através do ato de ungir, restringindo-o à liderança eclesiástica (Tg 5:15-16). Notemos alguns princípios desta Escritura sagrada: (1) a unção do enfermo deveria ser preferencialmente solicitada pelo enfermo ou seus familiares, “Está alguém entre vós doente? Chame...”; (2) não se recomenda chamar nenhum outro dom ou ministro senão o presbitério (o pastor ou presbíteros) da igreja, “...chame os presbíteros da igreja...”; (3) esta oração pode implicar em uma imposição de mãos, “...e orem sobre ele...”; (4) o respaldo do ato está no nome poderoso de Jesus, “...ungindo-o com azeite em nome do Senhor.”; (5) o poder e a eficácia do ato não estão no azeite, e sim na oração da fé, “...e a oração da fé salvará o doente...”; (6) a cura será efetuada pelo Senhor através do ministro, e não pelo ministro, “...e o Senhor o levantará...”; (7) o ancião da igreja pode sim ministrar o perdão divino ao doente, desde que o mesmo confesse (v. 16; Jo 20:23; Pv  28:13). Louvamos a Deus pelas bênçãos da Reforma Protestante, mas não podemos negligenciar a distinção honorífica e espiritual do sacerdócio cristão, o maior abençoa o menor (Hb 7:7), e “o óleo vem de cima” (Sl 133:1-2).
  
CONCLUSÃO
Não permitamos que os modismos teológicos dirimam a plenitude do ministério pentecostal com mensagens de auto-ajuda e motivação que tentam substituir o poder e a eficácia da mensagem que foi restaurada no reavivamento da Missão da Fé Apostólica na Rua Azuza 318. Um dos atributos de Deus é a sai imutabilidade (Ml 3:6), e seu Filho Jesus compartilha desse atributo (Hb 13:8). Se pregarmos o Cristo que cura, ele certamente curará, como tem feito em nossos dias, pois os sinais seguirão aos que crerem (Mc 16:17-18), e confirmarão a mensagem (Mc 16:20). JESUS CURA! Glória a Deus